No evangelho de Marcos, capítulo 10, verso 51 lemos: “E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que eu te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu possa ver.” Ele não queria apenas enxergar, ele queria ver; ver é, portanto, ter a capacidade de reparar o que ninguém reparou, e quem sabe estar um passo adiante; significa ser capaz de transformar todas as aspirações e sonhos em coisas tangíveis e palpáveis, ser visionário; o que, por sua vez, apresenta-se no cenário do mundo espiritual como a capacidade de ver o que ninguém ainda viu, e desta forma, ter a capacidade e sabedoria de influenciar e persuadir outros.
Gosto da palavra reparar, pois transporta para o ato de ver uma possibilidade onde não há, de ver com mais atenção e cuidado, ter um olhar de transformação, assim aconteceu com a missionária Domitila Ladeia Gomes, quando, em 1996, passando pela rodovia Castelo Branco, avistou uma placa com a indicação “Santana de Parnaíba”. Naquele momento ela ouviu a voz do Senhor Jesus lhe perguntando: “que queres que eu te faça?” na mesma hora e sem hesitar passou a trabalhar na direção de sua vocação, da vocação de sua igreja, ou seja, ser igreja missionária. Ela então lhe responde: “que eu possa ver!”
Passaram-se os dias, o trabalho agora era de convencimento, afinal, a vontade de Deus era também o desejo do coração dessa mulher missionária, que não queria apenas enxergar, mas, queria ver a obra de Deus se concretizando naquela cidade.
Assim nasceu a Congregação Metodista na cidade de Santana de Parnaíba, um trabalho árduo, gratificante e abençoado. A casa dos primeiros convertidos, Antônio Cassu e Maria José, foi o lugar escolhido para abrigar a Congregação, um lugar que tinha o tamanho do coração daquelas pessoas, ali seria o abrigo de mais de 100 crianças e de algumas mulheres. Desde o início daquela congregação, já se sabia que era preciso ver além do que se mostrava. Havia a necessidade de saciar a fome de pão e também a fome de salvação, combinação perfeita entre o desejo de anunciar a salvação aos perdidos e o compromisso social que estava no chamado da Igreja Metodista em Itaberaba.
Os anos foram passando, o trabalho de muitos pastores e de muitas pessoas foi dando cara àquele lugar. O chamado de ser Igreja já era uma realidade e, assim, a Congregação já necessitava de um espaço maior, de um espaço que pudesse traduzir sonhos, chamados, vocação e história em um lugar onde o povo de Deus naquela cidade pudesse continuar acolhendo e anunciando o ano aceitável do Senhor, ser Igreja com um anúncio de relevância para aquela cidade.
Com o passar do tempo, decidiu-se construir um templo. No ano de 2017 é realizada a Semana Para Jesus e assim consolidasse essa ideia da construção do templo metodista na cidade de Santana do Parnaíba. Nesse ano também é lançada a pedra fundamental e começa a construção e, assim, o que lá no início foi o desejo de uma serva de Deus em querer ver o que Senhor estava pensando para a cidade Santana do Parnaíba, agora em 17 de junho de 2018, este desejo se faz realidade e mais um templo metodista é inaugurado. Pessoas são recebidas pelo Santo batismo e pública profissão de fé, depois de devidamente instruídas e preparadas. A cidade está em festa, a Igreja Metodista em Itaberaba está feliz e certamente Deus se alegra com este grande acontecimento.
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